Governo adota medidas para reduzir efeitos econômicos causados pelo coronavírus
Quarta - Feira, 18 de Março de 2020
Serão empregados R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais
O Governo Federal, através do Ministério da Economia, anunciou nesta semana novas medidas para reduzir os efeitos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com o governo, serão empregados R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais.

Do valor anunciado, R$83,4 bilhões serão destinados à população mais pobre e idosa. Para os idosos, haverá a antecipação das duas parcelas do 13º salário, que serão pagas em abril e maio (seriam pagas em agosto e dezembro) e injetarão R$46 bilhões na economia.

Para a população mais pobre, a liberação é de cerca de R$ 3 bilhões para o Bolsa Família.

Além disso, as empresas poderão adiar, em três meses, o pagamento do Simples Nacional e também o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A lista completa incluiu medidas já anunciadas na semana passada e as novas iniciativas anunciadas nessa segunda-feira.

Medidas já anunciadas
  • Antecipar a primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para abril (liberação de R$ 23 bilhões);
  • ?Reduzir o teto de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas, aumento da margem e do prazo de pagamento;
  • Suspender a prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias;
  • Dar preferência tarifária de produtos de uso médico-hospitalar;
  • Priorizar desembaraço aduaneiro de produtos de uso médico-hospitalar.

Novas medidas:
  • Antecipação da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio (liberação de mais R$ 23 bilhões);
  • Transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, para permitir novos saques (impacto de até R$ 21,5 bilhões);
  • Antecipação do abono salarial para junho (liberação de R$ 12,8 bilhões);
  • Reforço ao programa Bolsa Família, com a inclusão de mais 1 milhão de beneficiários (impacto de até R$ 3,1 bilhões).
  • Adiantamento do prazo de pagamento do FGTS por três meses (impacto de R$30 bilhões);
  • Adiantamento da parte da União no Simples Nacional por três meses (estimativa de R$ 22,2 bilhões);
  • Crédito do PROGER/FAT para Micro e Pequenas Empresas (projeção de R$ 5 bilhões);
  • Redução de 50% nas contribuições do Sistema S por três meses (impacto de R$ 2,2 bilhões);
  • ?Simplificação das exigências para contratação de crédito e dispensa de documentação (CND) para renegociação de crédito;
  • Facilitar o desembaraço de insumos e matérias-primas industriais importadas antes do desembarque;
  • Destinação do saldo do fundo do DPVAT para o SUS – impacto de R$ 4,5 bilhões;
  • Zerar alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar (até o final do ano);
  • Desoneração temporária de IPI para bens importados listados que sejam necessários ao combate ao Covid-19;
  • Desoneração temporária de IPI para bens produzidos internamente listados que sejam necessários ao combate ao Covid-19.
Fonte: Fonte: G1
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